Aqui você encontra informações sobre os serviços oferecidos nas bibliotecas, sugestões literárias, dicas de pesquisa e notícias de interesse acadêmico.
Você conhece Charles Dodgson, Eric Blair, Samuel Clemens ou José Ribamar Ferreira? Não? Mas aposto como você já deve ter lido algum livro deles. Alguns escritores optam pelo uso do polêmico pseudônimo e ficam mais famosos com eles do que por seus nomes verdadeiros. Quer conhecê-los?
PSEUDÔNIMO: George Orwell.
O autor consagrado por clássicos como “1984″ e “A Revolução dos Bichos” na verdade se chamava Eric Arthur Blair! Uma curiosidade, é que na lápide do autor está escrito “Aqui jaz Eric Arthur Blair”, não fazendo nenhuma alusão ao pseudônimo famoso.
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PSEUDÔNIMO: Lewis Carroll.
Lewis Carroll, que escreveu “Alice no país das maravilhas”, um dos livros infantis mais famosos da história da literatura, na verdade se chamava Charles Lutwidge Dodgson.
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PSEUDÔNIMO: Mark Twain.
Nascido como Samuel Langhorne Clemens, Twain escreveu, dentre suas obras mais famosas, “As Aventuras de Tom Sawyer”.
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PSEUDÔNIMO: Ferreira Gullar.
O escritor brasileiro na verdade se chama José Ribamar Ferreira, e mudou seu nome para Ferreira Gullar em homenagem ao Ferreira do pai e o Gullar da mãe. Ao explicar o porquê de ter usado um pseudônimo, o autor explica que “assim como a vida é inventada, eu também inventei meu nome”.
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PSEUDÔNIMO: Anne Rice.
Conhecida mundialmente pelo livro “Entrevista com o vampiro”, Anne Rice disse que a ideia de escrever usando um nome falso surgiu já na infância, onde ela gostava de ser chamada de Anne, bem diferente do seu nome verdadeiro, que é Howard Allen O’Brien. O sobrenome Rice, ela pegou do marido, o também escritor Stan Rice.
Se você atende a algum dos sintomas abaixo, meu amigo, você passa muito tempo na biblioteca:
1. Você elege um local pra chamar de seu… “minha” cadeira (“a” escolhida), “minha” mesa, “minha” tomada.
2. Você fica furioso(a) quando um indivíduo utiliza o “seu” lugar. E não, não serve a mesa ao lado. #SheldonCooperfeelings
3. Você compete silenciosamente com o concurseiro mais próximo para ver quem será o último a sair da biblioteca.
4. Seu celular já não sai mais do modo silencioso. Qual era o toque (ringtone) do seu celular mesmo?
5. O segurança da portaria comenta que você chegou mais tarde hoje e pergunta se está tudo bem.
Esqueci algum?
Força meu amigo! Essa fase também passa… E a final, pra quê praia se eu tenho infinitos artigos pra ler?
Olha, fica a dica: fique amigo do concurseiro, afinal, entre outras coisas, ele pode olhar seu material enquanto você vai atender o chamado da natureza.
No mundo da literatura as vezes o primeiro passo para finalmente ser reconhecido é morrer! Sim, isto pode soar tétrico, mas muitos autores esquecidos em vida depois de suas mortes acabaram por ter o reconhecimento necessário. Nesta lista 10 escritores que foram reconhecidos apenas após suas mortes:
1 – Edgar Allan Poe: A vida de Poe passou longe da felicidade. Seus trabalhos não eram bem reconhecidos, tampouco lhe rendiam dinheiro suficiente. No entanto após sua morte e o fascínio causado por ela e pela vida do autor, Poe se tornou o ícone que é hoje, cujo texto é debatido, analisado e revisto constantemente colocando-o com um dos maiores escritores de todos os tempos;
2 – Stieg Larsson: Sua trilogia, Millennion, publicada após a morte do autor em 2004 o colocou no panteão dos grandes autores, vendendo mais de 27 milhões de livros, sem falar das três adaptações para o cinema;
3 – Lima Barreto: Um dos exemplos de autores brasileiros a ser rejeita e sofrer o preconceito com seu trabalho em vida, quando não conseguia sequer custear suas publicações. Hoje com o devido reconhecimento de sua obra, é presença constante nos currículos escolares;
4 – Franz Krafka: Parece que escrever suspense e horror é inevitável aguardar a morte para reconhecimento póstumo, visto ter publicado poucas peças além de algumas obras inacabadas. Só mesmo sua partida para além deste mundo concedeu-lhe o reconhecimento e o status que possui;
5 – H. P. Lovecraft: Quem diria que o autor considerado hoje como um gênio da literatura em seu gênero, sendo inclusive considerado um dos autores mais influentes do século XX, quando em vida teve de contentar-se com um reduzido número de leitores;
6 – Oswald de Andrade: Em vida o poeta brasileiro foi muito incompreendido, muitas vezes com sua obra não sendo levada a sério. Só após sua morte os principais críticos passaram a reconhecer sua obra.
7 – Emily Dickinson: Antes de sua morte apenas sete de seus poemas chegaram a ser publicados, e mesmo assim com forte interferência dos editores. Hoje porém sua poesia é reconhecida pelo mundo inteiro, e amplamente estudada em escola e universidades;
8 – Herman Melville: O autor até teve certo reconhecimento em seu início de carreira, mas caiu no esquecimento ao longo dos tempos, não sendo lembrado em sua velhice. Ainda assim, o próprio reconhecimento que teve inicialmente não chegou perto de sua popularidade após sua morte, especialmente a partir da década de 20. Ele nem mesmo pode ver o grande sucesso da Moby Dick, hoje dentre seus trabalhos considerado sua obra-prima;
9 – Anne Frank: Tudo bem que talvez Anne sequer pensasse ser escritora, mas o fato é que o diário da jovem morta em um campo de concentração aos 15 anos tornou-se um documento e uma das obras mais influentes da literatura, constando das principais listas de leitura em todo o mundo;
10 – Henry David Thoreau: Autor libertário extremamente estudado, além de sua obra ter influenciado importantes líderes da humanidade como Gandhi e Martin Luther King Jr., até sua morte era desconhecido, com apenas 2 livros publicados.
Vamos começar com o que há de comum entre os dois: tornar os documentos históricos disponíveis ao público. A Biblioteca Nacional e o Arquivo Nacional existem para preservar a herança cultural nacional. Como parte de sua missão é servir o povo brasileiro, uma prioridade da Biblioteca Nacional é adquirir, organizar, preservar, proteger e sustentar para o uso presente e futuro da nação um registro completo da história brasileira. A missão do Arquivo Nacional é salvaguardar e preservar os registros de nosso governo, garantindo que as pessoas possam descobrir, usar e aprender com este patrimônio documental. Assim, ambos armazenam e protegem documentos, fotografias, cartazes, imagens em vídeo, áudio e muito mais. E o que é bem interessante é que as duas instituições tornam todos esses materiais acessíveis ao público. Então, você ou qualquer outra pessoa pode consultar e estudar aquilo que possuímos para entender o passado.
Mas voltemos à diferença fundamental. O que as duas instituições possuem em suas coleções e acervos difere por conta da maneira como os materiais chegam através de suas portas. O Arquivo Nacional, criado em 1838 (antigo Arquivo Público do Império), é detentor dos registros do país. Por lei, os registros “permanentemente valiosos” do governo federal devem vir para o Arquivo Nacional para custódia. Assim, qualquer registro, seja ele um documento manuscrito, mapa, rolo de filme, ou email criado no curso das tramitações federais, que se enquadra em uma categoria pré-determinada para ser mantido e preservado, é transferido para o Arquivo Nacional – quando a agência ou departamento que o criou não precisa se referir a ele por mais tempo. Lá você pode encontrar registros federais, como a Proclamação da República, a carta-testamento de Getúlio Vargas, o Ato Institucional Número Cinco, a carta do príncipe regente d. João, na qual ordena a abertura dos portos do Brasil, entre outros. Não tenho dados totais, mas acredito que o acervo do Arquivo Nacional seja da ordem de poucos bilhões de documentos.
Lei Áurea, carta de lei n° 3.353 pela qual a princesa regente Isabel declara extinta a escravidão no Brasil. Rio de Janeiro, 13 de maio de 1888. Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas (acervo Arquivo Nacional)
Enquanto isso, a Biblioteca Nacional, criada em 1810 (Real Biblioteca), é uma das maiores coleções de conhecimento e cultura do mundo, com tesouros em dezenas de línguas diferentes, que vão desde a Bíblia de Mogúncia, um dos primeiros incunábulos conhecidos; a Gramática de João de Barros, a primeira em Língua Portuguesa e único exemplar de que se tem notícia; A História da Província de Santa Cruz, de Gandavo, um dos primeiros relatos sobre o descobrimento do Brasil; o livro Sacramental, a primeira obra impressa em Língua Portuguesa; mapas dos navegadores portugueses; músicas de Chiquinha Gonzaga; e os rascunhos de Carlos Drummond de Andrade. A Biblioteca Nacional recebe milhares de objetos por dia, que chegam em sua caixa de entrada através de uma série de meios. Como depósito legal, a Biblioteca recebe uma cópia de todos os itens registrados para direitos autorais do país. Ela também opera parcerias ao redor do mundo para trazer e distribuir materiais de outros países. Alguns dos objetos e coleções consideradas marco da biblioteca, foram doados por indivíduos ou grupos, ou adquiridos por meio de convênios internacionais.
Carta do achamento, Pero Vaz de Caminha ao rei D. Manuel, dando notícias do descobrimento da terra de Vera Cruz, hoje Brasil pela armada de Pedro Álvares Cabral. (acervo Biblioteca Nacional)
Apesar de (e por causa) de suas diferenças, a Biblioteca Nacional e o Arquivo Nacional são ambos ótimos lugares para localizar fontes primárias em uma ampla variedade de mídias para a pesquisa. Bibliotecários e arquivistas investiram grandes esforços nos últimos anos em projetos de digitalização, que permite acesso à milhares de materiais – anteriormente acessíveis somente mediante visita física – e ao mesmo tempo preservando os originais do constante manuseio. Esse investimento é justificado a medida que mais pessoas conheçam e reconhecam os tesouros disponibilizados por essas instituições.
Visite seus catálogos e sites dedicados para visualizar, sem sair de casa, materiais digitalizados que representam a herança cultural nacional. Nos catálogos digitais você pode encontrar mateirais como fotografias antigas da principais cidades do Brasil, fotos das viagens de Dom Pedro II ao redor do mundo, documentos sobre o tráfico de escravos, partituras musicas e mp3s de discos de 10 polegadas (78 RPM) do repertório brasileiro.
01Quantas vezes você já leu um livro para descobrir no final que você não lembra mais de quase nada do que leu? Confira dicas que não deixarão isso acontecer novamente.
Se esse é seu caso, temos boas notícias: Você pode se lembrar dos fatos importantes de um livro através de um método que te ajuda a reforçar aquilo que você aprendeu. Isso pode ocorrer com qualquer tipo de leitura: romances, textos técnicos, aventura. Todos contêm informações que você realmente gostaria de guardar e lembra-se mais tarde.
Descubra a seguir como ler e não esquecer mais:
Para não esquecer: 1) Tenha em mãos lápis e papel
Guarde com você o material necessário para essa técnica de leitura ativa. Você irá precisar de lápis, papel e notas autocolantes.
Para não esquecer: 2) Fique alerta para informações essencialmente importantes
Aprenda a identificar conceitos importantes em seu livro. Normalmente, ele estará em frases que resumem o desenvolvimento deste conceito de forma simples. Por exemplo, ele pode listar eventos importantes ou utilizar uma linguagem que se destaque do resto.
Para não esquecer: 3) Marque cada conceito ou informação importante
Use papéis autocolantes coloridos ou lápis que indiquem o começo e o fim desses dados. Dessa forma, o conteúdo é facilmente identificado e relembrado. Não se preocupe se fizer muitas marcações, marque todo o livro. Mas cuidado com canetas se o livro não for seu.
Para não esquecer: 4) Faça anotações
Mantenha um roteiro ou arquivo de suas leituras através de suas anotações e fichamentos. Isso pode ser muito valiosona hora de estudar para um teste, por exemplo.
Mais dicas:
» Durante sua leitura você pode encontrar vários conceitos importantes em cada capitulo ou uma única frase que resuma tudo. Depende do livro.
» Evite usar marca-textos em livros. Eles são ótimos para anotações em sala de aula, mas destroem ovalor de um livro.
» Só marque livros que são seus. Não marque livros de bibliotecas ou emprestados de outras pessoas.
» Não se esqueça de usar esse método quando estiver lendo livros para a escola ou vestibular.
Eles ajudam a superar as agruras da vida desde que não se atenham a clichês; saiba diferenciar autores sérios de charlatões.
Autoajuda: ela pode ajudar a superar as agruras da vida desde que não se atenha a clichês
Ser um líder, encontrar a felicidade, ter um casamento duradouro, enriquecer, emagrecer, enfim, tornar-se um campeão. Tudo que uma pessoa sonha em ser e ter na vida. Nas prateleiras de obras mais vendidas das livrarias, o gênero autoajuda sempre marca presença – e os títulos são verdadeiros convites para a solução dos dilemas.
“Faz sucesso porque o livro diz exatamente o que o leitor gostaria de escutar, proporcionando um alívio muito grande. O problema é que ele indica caminhos, mas não resolve nada sozinho, por isso é tão difícil colocar os ensinamentos em prática”, diz Denise Gimenez Ramos, professora de Psicologia da PUC-SP.
Segundo Aurélio Melo, professor de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, este tipo de literatura pode ser um bom recurso se a pessoa estiver aberta a mudanças em momentos de crise e incertezas. Para evitar frustrações, no entanto, é necessário lembrar que nem tudo parte do princípio de que “só depende de você”.
“Aquele que busca ajuda pode pensar que, se aprender a se organizar, por exemplo, terá sucesso profissional. Não é bem assim. Algumas empresas não reconhecem os funcionários, não valorizam plano de carreira, além de outras questões que partem dos superiores – assim como um casamento precisa das duas partes para ser bem-sucedido. Por isso é primordial lembrar que existe, sim, a possibilidade de mudança, mas com um raio de alcance”, reforça Melo.
Edu Cesar
Taísa: livros ajudaram a enfrentar o luto pela morte do pai
Funcionou para Thaísa Cury, 25 anos. Foram nas páginas de “Os 100 Segredos das Pessoas Felizes” (David Niven, Ed. Sextante), recomendado por sua psicóloga em 2004, que começaram a paixão e o interesse pelo autoconhecimento, o que acabou impulsionando a busca por novos autores, níveis mais avançados de leitura e temas variados, geralmente relacionados a família, relacionamentos e trabalho.
“Eu sempre amei psicologia, porque foi por meio dela que passei a entender mais sobre a mente e o comportamento humanos”, conta.
Tudo começou em 2001, quando o pai faleceu. Seis meses depois, Thaísa passou a frequentar sessões de terapia, principalmente pela depressão, que a acompanhou por dois anos. Após alguns anos de resistência, rendeu-se às obras de autoajuda.
“Os mais marcantes foram o ‘Nunca Desista dos Seus Sonhos’ (Augusto Cury, Ed. Sextante) e o ‘Perdas Necessárias’ (Judith Viorst, Ed. Melhoramentos), pois me fizeram entender coisas que não conseguia enxergar antes. Este último foi muito importante para o meu processo de cura, porque me mostrou que a vida é feita de perdas e que precisamos seguir em frente”, conta.
O segredo
A chave para um livro de autoajuda de qualidade, segundo Roberto Shinyashiki, é a trajetória profissional e o repertório do autor, que deve fugir dos clichês e desenvolver o tema com propriedade.
“Existem muitos títulos por aí que não são escritos por psiquiatras, nem por profissionais especializados, o que os tornam extremamente padronizados”, alerta.
“É fácil soltar todos os lugares-comuns possíveis: ‘trabalhe duro’, ‘supere os desafios’, ‘não desista’. Mas nada disso sustenta uma obra inteira”, acrescenta.
A ideia é fazer perguntas, dar referências e abordar pontos de reflexão, e não dar uma palestra motivacional.
“Tendo a depressão como exemplo, é preciso entender que um livro pode ajudar em casos existenciais – quando o estilo de vida não acompanha a essência da pessoa, por exemplo –, ou em situações traumáticas, quando se perde algo ou alguém. Mas, em outros, é um problema neurológico, que precisa da química de remédios para ser superado.”
Não é à toa que o nome do especialista já vendeu mais de 7 milhões de exemplares em todo o País desde a década de 1980: além de psiquiatra, Shinyashiki é consultor de empresas, presidente da Editora Gente, pós-graduado em Gestão de Negócios e doutor em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo (USP).
Divulgação
Roberto Shinyashiki: “”Lugares-comuns não sustentam uma obra inteira”
“É fundamental estudar, reciclar e fazer uma leitura do mundo, sobretudo porque surgem problemas novos para situações novas. Antigamente, não havia muita dúvida: o chefe mandava, o funcionário abaixava a cabeça; o pai criava o filho e ele apenas o obedecia. Com a mudança de comportamento ao longo dos anos, assuntos surgem para orientar o que fazer.”
O guru da autoajuda explica que a demanda para uma determinada questão sempre aparece de acordo com algo que já aconteceu, não com algo que vai acontecer. E foi observando o mercado, as empresas e o comportamento alheio que lançou os hits “A Revolução dos Campeões” (1995), “O Sucesso é Ser Feliz” (1997) e “Os Donos do Futuro” (2000).
Antes de confiar seu tempo em livros do gênero, Shinyashiki alerta: “pesquise e leia o currículo do escritor”. E lembre-se de que livros, filmes, terapeutas e religiões funcionam para quem está aberto a eles.
Apesar de não ser uma fã convicta como Thaísa, Carla Purcino, 36 anos, já recorreu à autoajuda em alguns momentos. Por que não? Em suas mãos já passaram “Amor” (Leo Buscaglia, Ed. Planeta Pub Corp) e “A Carícia Essencial” (Roberto Shinyashiki, Ed. Gente).
“Não tenho preconceito nenhum contra o gênero, porque, na minha opinião, qualquer análise só acontece de dentro para fora”, opina.
“Quando leio, posso concordar com algum ponto ou discordar totalmente. O importante é que argumentos me sejam dados para evoluir ou mudar meus pensamentos. Se o texto for bom, é como conversar com um amigo”, compara.
Para ela, essas duas obras se destacaram por não tratarem os sentimentos como uma receita de bolo, nem empurrarem fórmulas mágicas.
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Luz na escuridão: é sempre bom lembrar que nem tudo depende exclusivamente de querer algo
“Acredito que o olhar de quem lê pode ser mais importante que a obra em si. Como diz o nome, é autoajuda, portanto ele deve funcionar como um suporte, e não ditar o caminho.”
Thaísa que o diga. “Sempre tive acompanhamento com a psicóloga, mas os livros me ajudaram a voltar a ter gosto pela vida, a me conhecer melhor, a evoluir e a buscar o que eu realmente queria. Hoje eu estou lendo ‘As Cinco Linguagens do Amor’ [Gary Chapman, Ed. Mundo Cristão]. Sempre vou a livrarias para conferir as novidades, mas costumo comprar pela indicação de amigos e da minha psicóloga mesmo.”
A melhor maneira de evoluir e resolver um problema, conforme Denise, é ser ouvido.
“É como um livro de dieta. Você pode lê-lo e absorver todas as informações, mas são o exercício físico e a alimentação saudável que fazem emagrecer. No caso, a autoajuda dá informações relevantes, mas o dilema específico só será tocado de verdade quando for conversado, afinal o contato é algo natural ao ser humano. Por isso, gosto de indicar livros para alguns pacientes para que possamos discutir sobre eles”, afirma a profissional, que acredita que situações mais graves podem exigir outros tipos de análise.
O caminho é experimentar até achar o melhor método para encontrar estas respostas perdidas. “Se o instrumento for um livro, que seja!”, conclui Carla.
As sementes são armazenadas em envelopes com etiquetas que descrevem informações da fruta ou vegetal, e o nome do produtor Fotos: Divulgação
Sair de biblioteca apenas com livros e CDs é coisa do passado na Biblioteca Pública de Basalto no Colorado, Estados Unidos. O local adicionou um banco de sementes na sua coleção de meios de comunicação. Os visitantes além de usufruírem de uma boa leitura, também podem virar produtores de frutas ou legumes e de novas sementes que devem voltar ao local de origem.
Para participar é simples. O leitor adquire o pacote de sementes e planta. Quando o vegetal cresce é só colher as sementes e devolvê-las à biblioteca para que outras pessoas possam usá-las.
As sementes são armazenadas em envelopes com etiquetas que descrevem informações da fruta ou vegetal, e o nome do produtor, no intuito de dar crédito às pessoas que se esforçaram no cultivo.
Segundo a American Library Association, existe pelo menos uma dúzia de programas semelhantes em todo o país. E para a diretora da biblioteca, Barbara Milnor, o local pode parecer estranho para o projeto, mas é uma ótima solução para ampliar o acesso de sementes e plantas à população, afirmou no portal NPR.
Já para a frequentadora Stephanie Syson, a biblioteca tem sido um lugar onde a filha aprende. As sementes adicionaram apenas mais uma nova lição.
Biblioteca do Vaticano disponibiliza na internet 256 dos seus 80 mil manuscritos. Em parceria com a Universidade de Oxford, o processo de digitalização do acervo vai levar mais de dez anos para ser concluído.
Fechados pelo enorme aparato de segurança do Vaticano e guardados com extremo rigor no cuidado com temperatura e umidade do ar, mais de 80 mil manuscritos passam por um processo de digitalização na Biblioteca Apostólica Vaticana. As primeiras 256 obras já estão disponíveis no site da instituição e, entre elas, há preciosidades como ‘Variae epistolae’, do ano 537, de autoria do monge calabrês Cassiodorus Senator.
O esforço para digitalizar todos os manuscritos da biblioteca é lento, custoso e delicado, conforme explicitou o monsenhor Cesare Pasini, prefeito da instituição. Todas as obras disponíveis agora e no futuro podem ser consultadas gratuitamente.
O procedimento é feito com tecnologia chamada Fits (Flexible Image Transport System), desenvolvida pela Nasa – a agência espacial dos Estados Unidos. Para esta primeira fase da digitalização, a Biblioteca Vaticana recebeu 2,5 milhões de euros da fundação londrina Polonsky. A biblioteca Bodleian, da Universidade de Oxford, também terá manuscritos digitalizados. Estima-se que 1,5 milhão de páginas sejam fotografadas, sendo dois terços correspondentes às coleções do Vaticano.
O prefeito da Biblioteca Vaticana conta que há uma prioridade. Escritos hebreus, gregos e incunábulos (obras impressas com tecnologia ainda incipiente) do século XV foram os escolhidos para virem à público primeiro, devido à importância histórica. “As obras são de vários períodos históricos, vão da Idade Média ao século XV. Decidimos por digitalizar antes os manuscritos mais delicados e antigos”, explica Pasini.
Tudo é feito com doações e apoio de outras instituições, como a EMC Corporation, que oferece o suporte técnico. “Eles nos deram máquinas para digitalização, conservação e também apoio financeiro”, conta Pasini. A Biblioteca Vaticana mantém ainda outro projeto de digitalização, em parceria com a Universidade de Heidelberg, na Alemanha. Com ele haverá a reconstituição digital da antiga Biblioteca Palatina, a qual chegou a ser considerada tesouro da Alemanha no século XVI, cujo acervo se encontra, na maioria, em Roma.
“Esses bens dizem respeito à Humanidade. Tem cultura clássica, humanística, pré-colombiana, asiática, chinesa, japonesa. São livros que podem interessar a todas as pessoas curiosas do mundo”, enumera o dirigente da biblioteca. “As pessoas vão poder ler e ver as imagens; isso se torna um serviço de conhecimento e liberdade”, completa.
Muitos anos pela frente
Manuscritos disponíveis são de períodos da Idade Média até o século XV
O trabalho, porém, será longo. No ano passado, quando o projeto foi anunciado, a expectativa era de completá-lo em até cinco anos. Mas a escassez de recursos pode atrasar – e muito – o processo. “As dificuldades financeiras destes anos tornaram difícil encontrar colaboradores. Portanto, o projeto deve levar mais de dez anos para ser concluído”, avalia Pasini. A biblioteca agora está procurando instituições que possam ajudar a financiar o projeto, já que o dinheiro disponível só deve assegurar mais três anos de trabalho.
O professor de paleografia João Franklin Leal avalia a digitalização dos manuscritos com empolgação. “A gente aplaude, porque é realmente uma coisa estupenda. Não é só maravilhosa, é estupenda”, diz. Para o historiador, que já visitou a Biblioteca Vaticana, ter os manuscritos online gratuitamente é uma forma de democratizar o conhecimento.
“Agora não vai ser mais preciso pegar avião, se hospedar em hotel, passar pela burocracia do acesso. Isso tudo leva tempo. Para consultar um livro é preciso esperar uma semana. Imagina o preço que fica”, comenta. “Com tudo digitalizado e na internet, o acesso é em casa”, destaca Leal.
Há, porém, uma única desvantagem da iniciativa, segundo Leal: “Só é uma pena que as pessoas vão perder a oportunidade de visualizar a beleza da própria estrutura física da biblioteca e dos exemplares. Uma coisa é ter digitalizado. É bonito, é fantástico, a informação está ali. Mas outra coisa é sentir o produto na sua frente, tocar nele. Isto não dá para substituir”, suspira.
Imagem disponível na página da British Library no Flickr
(página 434 de “Paris Monumental e Histórica desde a sua origem até 1789”)
Microsoft e British Library juntaram-se para digitalizar mais de um milhão de imagens com séculos de história. Cinco anos depois, já estão disponíveis no Flickr.
Com mais de um milhão de entradas, o repositório abrange os séculos XVII, XVIII e XIX. As imagens são provenientes de 65 mil obras e incluem fotografias, diagramas, ilustrações e mapas. A coleção abrange diversas áreas (história, política, ciência, natureza ou ficção) e já está disponível no Flickr .
Dada a envergadura do projeto, os responsáveis admitem que o conhecimento sobre as obras ainda é escasso. Embora a coleção esteja na British Library (prestigiada biblioteca londrina) há séculos, parte da sua origem e história ainda é uma incógnita.
No início de 2014, a British Library lançou uma aplicação de catalogação. Os utilizadores poderão documentar e agrupar as imagens, aumentando as informações disponíveis sobre elas. Os dados recolhidos serão incluídos em filtros de pesquisa e nas descrições de cada imagem.
(post de autoria da articulista convidada Bruna Rodrigues)
Com a crescente oferta de possibilidades tecnológicas no mundo atual, algumas vezes o contato com os livros físicos é deixado de lado. Com a correria da vida moderna entre os adultos, o importante de fato é não deixar de consumir informação, mas a falta dos livros pode ser prejudicial para as crianças e adolescentes.
Mas qual a diferença entre um livro físico e um livro digital, por exemplo? Ambos possuem o conteúdo, que é a parte interessante de uma publicação, correto? Sim, porém há muito mais que isso por trás das obras físicas. Para a criança e o jovem, a presença de livros em casa permite que eles entendam os valores tangíveis e intangíveis desse tipo de material, e reconheçam a importância do hábito da leitura para a criação da sua bagagem cultural e educacional. A relação entre os livros e a inteligência é bastante estreita, como você pode ler neste artigo.
Ter uma biblioteca em casa faz bem para os pequenos
Não há necessidade de ter um cômodo específico da casa apenas para armazenar as publicações (se tiver, ainda melhor) em imponentes estantes, como vemos nos filmes. Qualquer espaço da casa pode abrigar os bons amigos de papel! Basta ter uma coleção razoável de boas obras, que sejam de fácil leitura para a faixa etária dos pequenos, e que os convide a passar momentos muito agradáveis folheando as obras e interagindo com elas. Isso certamente fará a criança muito mais inteligente, mais atenta, mais curiosa, e refletirá diretamente no desempenho escolar e nas relações com amigos, professores e parentes.
Quer encontrar uma forma de estimular a imaginação, a criatividade, a fome de saber e o conhecimento dos seus filhos? Presenteie-os com livros em datas especiais como aniversários e Dia das Crianças, leia histórias para eles, peça para que ele leia para você, e estimule a formação de uma futura sociedade mais humana e consciente.
Liesel Meminger, ou A Menina Que Roubava Livros, é repleta de ensinamentos valiosos sobre o poder das palavras. Confira 4 lições de vida que você pode aprender com A Menina Que Roubava Livros
Liesel aprende a importância das palavras por meio da leitura de seus livros roubados
Liesel Meminger é uma garota magricela que tem um hábito duvidoso: o de roubar livros. Tudo começa quando a menina muda-se para a Rua Himmel, onde conhece os seus novos pais, Hans e Rosa Hubbermann. A trajetória de Liesel na obra A Menina Que Roubava Livros, desde o roubo do seu primeiro livro até os acontecimentos trágicos da Segunda Guerra Mundial podem ensinar lições valiosas sobre o poder das palavras.
Confira 4 lições de vida que você pode aprender com A Menina Que Roubava Livros:
1. Faça o que você acredita estar certo
Hans Hubbermann não hesita ao entregar um pedaço de pão para um dos judeus que está “desfilando” pela Rua Himmel. Ele faz o que acredita estar certo, apesar de ser castigado por isso (afinal, qualquer tipo de simpatia quanto aos judeus era proibida da Alemanha nazista). Você também deve fazer aquilo que considera certo e agir de acordo com os seus valores em todas as situações.
2. Acredite no efeito dominó
Uma das metáforas mais repletas de significado da obra é quando Rudy e suas irmãs brincam de formar filas de dominós e derrubá-las. Isso dá a entender que o que causou os eventos do final do livro foi uma espécie de corrente que começou com a chegada de Liesel à Rua Himmel. Você deve encarar as suas ações com uma premissa de causa e efeito, ou seja, tudo o que você faz terá uma consequência. Pense nisso antes de tomar qualquer decisão.
3. As palavras têm poder
Liesel aprende a importância das palavras por meio da leitura de seus livros roubados e do presente que Max, o judeu abrigado pelos Hubbermann, dá a ela. A mensagem do livro é clara: as palavras de Liesel são a vida, enquanto as de Hitler são a morte. Nossas palavras têm o poder de alegrar e entristecer outra pessoa, e é preciso que elas sejam medidas minuciosamente antes de usadas. Evite se arrepender por algo que foi dito sem pensar.
4. Aproveite as oportunidades antes que seja tarde demais
Durante toda a trajetória de Liesel e Rudy, o menino pede um beijo da garota, que sempre recusa a oferta. Ela se arrepende de nunca ter aceitado a proposta quando percebe que nunca mais poderá fazê-lo novamente. É importante aproveitar todas as oportunidades que a vida dá antes que seja tarde demais.
Há boas razões para aproveitar o finzinho de janeiro fazendo uma última lista. Não de resoluções, mas de adiantamentos. Este ano, pelo menos 21 livros de autores brasileiros, americanos e ingleses devem chegar às telas em longas que prometem bilheteria generosa. Na agenda internacional, tem um pouco de tudo: vampiros, distopia, guerra, aventura e drama hospitalar. O cardápio brasileiro traz para as telas uma mistura de literatura contemporânea com clássicos. Para quem gosta de ler as páginas antes de ver o filme, este é o momento ideal para organizar a lista de leitura de 2014. O Diversão&Arte fez uma seleção dos livros que vão virar filme este ano. Alguns ainda não foram publicados no Brasil, mas já estão disponíveis em inglês em aplicativos de leitura ou em livrarias. A maioria, no entanto, pode ser encontrada com bastante facilidade em qualquer loja física ou online.
O primeiro a estrear, ainda este mês, será Quando eu era vivo, adaptação de A arte de produzir efeito sem causa, de Lourenço Mutarelli. Para este semestre, também estão programados A hora e a vez de Augusto Matraga, adaptação de conto homônimo de Guimarães Rosa, dirigido por Vinicius Coimbra. Da leva internacional, o destaque é para Divergente, adaptação do best-seller de Veronica Roth, previsto para março, e A culpa é das estrelas, baseado no sucesso de John Green. Antes, chegam às telas Labor day, longa com Kate Winslet baseado em romance de Joyce Maynard, e A long way down, a versão do diretor Pascal Chaumeil para livro de Nick Hornby. Veja ao lado em que livros ficar de olho até o fim do ano.
BRASILEIROS
Quando eu era vivo
Dirigido por Marco Dutra e com roteiro de Gabriela Amaral e do próprio diretor, o longa chega às telas no próximo dia 31 e tem no elenco Antônio Fagundes, Marat Descartes e Sandy Leah. A roteirista explica que foi preciso abandonar a obra original para dela ver emergir o roteiro. No livro de Mutarelli, Júnior é um personagem que, aos poucos, vê sumir as fronteiras entre a loucura e a sanidade. Após deixar emprego e mulher, ele se muda para a casa do pai e passa os dias entre o sofá da sala, um olho de fechadura e um bar. Para levar a história da plataforma literária para a audiovisual, Gabriela procurou no texto equivalências que funcionassem na dramaturgia. O tom caótico, descontínuo e desorientado que Mutarelli imprime na narrativa para evidenciar a loucura do personagem foi um desafio. “Nos mantivemos fiéis à essência da obra original, no sentido de que foi preservada a sua essência expressiva”, garante a roteirista, em texto no qual explica o processo de adaptação.
Tim Maia
Em agosto, chega às telas a biografia Tim Maia, baseada no livro Vale tudo, de Nelson Motta. A escritora Antonia Pellegrino ficou responsável pelo roteiro e a direção de Mauro Lima promete revelar um Tim Maia pouco conhecido do público em geral. Cauã Reymond interpreta Fábio, músico que narra a história (no livro, Nelson Motta). Robson Nunes faz Maia jovem e Babu Santana, o cantor na fase black power. A Janaína pela qual Tim Maia foi apaixonado a vida inteira é vivida por Alinne Morais, e Carmelo Maia, filho do cantor, trabalhou como consultor do filme.
A hora e a vez de Augusto Matraga
Exibido uma única vez no Festival do Rio de 2011, somente agora, no primeiro semestre de 2014, o longa de Vinicius Coimbra chega ao circuito nacional. Com João Miguel no papel do protagonista, o longa é adaptação fiel do conto de Guimarães Rosa. Matraga é um valentão que acaba traído pelo excesso de confiança em si mesmo. Para o produtor Herbert Grauss, o maior desafio da adaptação está em manter a originalidade da linguagem roseana. Durante a preparação de elenco, os atores receberam treinamento em prosódia para acertar o modo de falar. “Para fazer adaptação de livro tem que ter muito cuidado porque a maioria dos livros é muito melhor do que os filmes”, diz Grauss. “No Matraga, o desafio é não perder a essência do Rosa e fazer um filme para as pessoas assitirem em 2014.”
O gorila
No conto de Sérgio Sant’Anna, Afrânio vive recluso e utiliza o telefone para conversar com mulheres e alimentar suas fantasias. A voz potente e máscula ajuda. No entanto, um dia ele precisa deixar o apartamento para evitar uma tragédia. José Eduadro Belmonte começou a filmar o longa enquanto terminava a montagem de Billi Pig, que estreou em 2012. No elenco, estão Mariana Ximenes, Otávio Müller, Luíza Mariani e Alessandra Negrini. A adaptação ficou por conta de Claudia Jouvin, que já escreveu episódios para A grande família e A diarista. O filme ainda não tem data de estreia, mas deve ficar pronto este ano.“É importante a gente trazer cada vez mais a literatura para o cinema, principalmente a nossa literatura contemporânea, porque acho que os escritores brasileiros estão mandando muito bem. Agora, é um desafio, é um abismo entre o livro e o roteiro”, repara Otávio Müller, que também deve adaptar para o cinema A vida sexual da mulher feia, de Claudia Tajes.
ESTRANGEIROS
Drama
O primeiro lançamento do ano chega aos cinemas no fim do mês e tem Kate Winslet e Josh Brolin como protagonistas da adaptação de Refém da paixão (Jason Reitman), de Joyce Maynard. Na tela, uma mãe entediada e seu filho de 13 anos são sequestrados por um fugitivo até que a mãe se apaixona por seu algoz. George Clooney e Cate Blanchet conduzem o drama Caçadores de obras-primas, inspirado em livro homônimo de Robert M. Edsel e Bret Witter. A história real de um exército encarregado de salvar as obras de arte da ganância nazista durante a Segunda Guerra chega ao cinema pelas mãos do próprio Clooney. O lançamento nos Estados Unidos está programado para fevereiro. Um conto do destino, a fábula sobre um amor interrompido por uma trágica doença, já ganhou as telas com Richard Ghere e Winona Ryder. Agora, quem protagoniza o drama é Collin Farrell e Jessica Brown. Mas um dos longas mais esperados na categoria drama é A culpa é das estrelas, o livro de John Green sobre uma menina com câncer em estado terminal. Com Shailene Woodley e Ansel Elgort como protagonistas e sob direção de Josh Boone, o filme deve estrear em junho. Green já havia vendido os direitos de outros livros para estúdios de Hollywood — Quem é você, Alaska? já tem roteiro pronto na Paramount —, mas A culpa é das estrelas é o primeiro a realmente chegar ao cinema. O autor não se envolveu com a confecção do roteiro, mas escreveu em seu site que confia no trabalho dos roteiristas. “As pessoas que foram contratadas para escrever o roteiro estão entre meus autores favoritos de Hollywood, logo, estou inteiramente confiante de que elas vão escrever um roteiro melhor do que o que eu escreveria”, garante. Para o fim do ano, outro lançamento esperado é Invencível, primeiro filme dirigido por Angelina Jolie. Baseado em livro de Laura Hillebrand, autora de Seabiscuit, o filme acompanha o drama de Louis Zamperini, atleta olímpico que ficou à deriva no oceano quando seu avião foi derrubado por inimigos durante uma batalha na Segunda Guerra.
Fantasia
Distopia e vampiros marcam as narrativas de fantasia que ganham as telas este ano. O mais esperado é Divergente, previsto para março. O primeiro volume de uma série de três foi escrito por Veronica Roth em 2011 e chegou a ser comparado a Jogos vorazes, de Suzanne Collins. No elenco, Shailene Woodley (A culpa é das estrelas), Kate Winslet e Theo James devem atrair, principalmente, os adolescentes. O doador também vai trazer a distopia para as telas sob direção de Philip Noyce. O elenco é cheio de celebridades — Meryl Streep, Alexander Skarsgard, Jeff Bridges, Katie Holmes e Taylor Swift — e a história vem do livro homônimo de Lois Lowry. No conto escrito para o público infantojuvenil, em uma sociedade perfeita, na qual doenças e males foram erradicados, um garoto é escolhido para receber as memórias de um passado nada glorioso. Menos promissores, Vampire academy: o beijo das sombras, adaptação do livro de Richelle Mead, e The maze runner (James Dashner) dão continuidade ao fenômeno distópico que aterrissou na literatura juvenil nos últimos quatro anos.
Comédia
Sem tradução no Brasil, A long way down é o próximo Nick Hornby a ser adaptado para as telas. O encontro hilário de quatro suicidas faz nascer uma amizade improvável. Na direção, o francês Pascal Chaumeil, mais conhecido por trabalhos para a televisão e pela assistência de direção de Luc Besson em O profissional. A morte do pai e a traição da mulher não são suficientes para balançar a vida de Judd Foxman, protagonista de Sete dias sem fim, de Jonathan Tropper. Ocupante de uma posição cobiçada na lista dos mais vendidos do The New York Times, o romance foi adaptado pelo próprio autor e terá direção de Shawn Levy (Uma noite no museu).
Romance chamado ‘Footlights’ foi escrito em 1948. Lançamento marca o aniversário de 100 anos da estreia do ator e diretor no cinema.
O único livro escrito por Charlie Chaplin foi lançado pela primeira vez. A obra, chamada Footlights, foi escrita em 1948 e traz a mesma história do filme Luzes da Ribalta, de 1952.
O lançamento marcou o início das comemorações de 100 anos da primeira aparição de Chaplin no cinema.
Segundo o site do jornal The New York Times, o livro foi restaurado pelo biógrafo de Chaplin, David Robinson, usando arquivos pessoais do cineasta com a permissão de sua família. O trabalho está sendo lançado pela Cineteca di Bologna, um instituto italiano de preservação do cinema que também é responsável pelo restauro de filmes de Chaplin.
O romance se passa em Londres e é centrado no palhaço decadente Calvero, mesmo protagonista de Luzes da Ribalta, que ajuda uma dançarina a recuperar sua carreira. Segundo um porta-voz do instituto, no entanto, a obra é mais triste e sombria do que o longa-metragem.
O livro será vendido pela loja virtual Amazon e pelo site da Cineteca. O volume traz ainda fotos e documentos do arquivo pessoal do diretor.
Blog das Letras
Blog da livraria Letras&Cia. Dicas, notícias, entrevistas e muito mais sobre literatura. www.blogdasletras.com.br
Clarice e Elisa Lispector
Um blog dedicado a Clarice Lispector e também a sua irmã, Elisa Lispector. Escrito por José Antônio Barreiros.http://haialispector.blogspot.com.br
Cronista Amadora
Além de transmitir sua visão poética do mundo através de deliciosas crônicas, a livreira Nina Vieira escreve sobre a profissão e faz resenhas do que anda lendo no ótimo “Cronista Amadora”.www.cronistaamadora.wordpress.com
Eu Te Dedico
O tumblr disponibiliza uma coletânea de dedicatórias encontradas em livros. As coordenadas para colaborar estão disponíveis no site. http://eutededico.tumblr.com
Escrivaninha Literária
Blog especializado em leitura e livros dos mais diversos gêneros literários. www.escrivaninhaliteraria.com
Estante Virtual
A Estante Virtual reúne o acervo de sebos e livreiros de todo o Brasil. São milhões de títulos seminovos, usados e raros a preços acessíveis. www.estantevirtual.com.br
FreeBook Sifter
Organizados de acordo com o tema e idioma, o site reúne todos os livros eletrônicos gratuitos da Amazon. www.freebooksifter.com
Grifei Num Livro
O site é um projeto colaborativo, que reúne imagens enviadas de trechos grifados por leitores de livros diversos. Para participar, basta enviar seus grifos ou sugestões paragrifeinumlivro@gmail.comhttp://grifeinumlivro.tumblr.com
Google Poetics
Site criado para divulgar a poesia feita através da busca do Google.www.googlepoetics.com
Livros Difíceis
Está difícil encontrar aquele livro esgotado ou raro? Seus problemas acabaram! Basta entrar em contato com a equipe do Livros Difíceis e eles procurarão o título solicitado em bibliotecas particulares, internet e leilões, tudo sem custo adicional.www.livrosdificeis.com.br
Livros, Livrarias e Livreiros
Tem por objetivo trocar ideias sobre livros, leitura, livrarias físicas, livrarias virtuais e formação de livreiros.www.livroslivrariaselivreiros.blogspot.com
Livros e Pessoas
Projeto de incentivo à leitura do jornalista e blogueiro Sérgio Pavarini. www.livrosepessoas.com
Luzme
É uma ferramenta de busca que, além de pesquisar a disponibilidade de livros eletrônicos em diferentes plataformas, compara os preços do mesmo. http://www.luzme.com
Mundo Livro
O editor de livros do Zero Hora, Carlos André, compartilha com os seus leitores informações, comentários, curiosidades e outros pitacos sobre o mundo dos livros e da leitura. http://wp.clicrbs.com.br/mundolivro/
Não Gosto de Plágio
Blog contra o plágio na tradução literária, mantido pela tradutora Denise Bottmann. www.naogostodeplagio.blogspot.com
Projecto Adamastor
Projeto que dá acesso gratuito à uma biblioteca digital de obras literárias que já se encontram em domínio público.www.projectoadamastor.org
O Vendedor de Livros
Além de escrever sobre profissão de livreiro, Wellington publica resenhas de livros, dá dicas de leitura, notícias sobre o mercado editorial e, sem esquecer da freguesia, relata alguns casos engraçados evolvendo a clientela.www.ovendedordelivros.com.br
Sebo Carioca
Um guia virtual com endereços dos melhores sebos da cidade do Rio de Janeiro. Só não esqueça de ligar para o sebo antes de visitá-lo para não correr o risco de encontrá-lo fechado.www.sebocarioca.blogspot.com
Skoob – O que você anda lendo
O Skoob é a primeira rede social brasileira voltada, principalmente, para quem gosta de ler. Além da interação com outras pessoas, o usuário pode criar listas e mostrar o que leu, o que está lendo e o que pretende ler. www.skoob.com.br
Set Palavras
O blog da livraria Set Palavras traz informações sobre filmes, livros, cultura pop e tecnologia. www.setpalavras.com.br
Trocando Livros
Site criado para facilitar a troca de livros entre pessoas de todo o Brasil. www.trocandolivros.com.br
What was the Book
Site que ajuda os leitores a lembrarem o nome daquele livro que ele só sabe a cor da capa. Funciona assim: você conta um pouquinho da história do livro e os outros usuários te ajudam na missão! Ótima ferramenta para livreiros, bibliotecários e leitores.http://whatwasthatbook.livejournal.com
Fonte: [manual prático de bons modos em livrarias], de Lilian Dorea (Seoman)
1. Grandes editoras, preços menores – Em 2009, um dos meus primeiros textos para o Huffington Post era um chamado às editoras para produzir ebooks de US$ 4. Autores (independentes) autopublicados consideram o pedido, mas as editoras não. Até recentemente, era raro ver um livro publicado tradicionalmente com preço abaixo dos US$ 4. Por quê? Editoras tradicionais lutaram com unhas e dentes para manter os preços dos ebooks mais altos por medo de que ebooks baratos acabassem canibalizando as vendas de impressos, atacassem sua lucratividade e estabelecessem expectativas irreais a consumidores em relação ao valor de um livro. Ao manter os preços dos ebooks altos, eles entregaram o mercado de menos de US$ 4 para autores independentes, que estes exploraram rapidamente. Os resultados de nossa pesquisa de preços de ebooks em 2013, lançada em maio, ilustra a vantagem competitiva dos preços baixos. A pesquisa descobriu que livros com preços entre $2,99 e $3,99, na média, venderam quatro vezes mais unidades do que livros com preços superiores a $7,99. Os independentes que conseguiram publicar livros de baixo preço que eram tão bons ou melhores do que Nova York estava publicando a preços mais altos, foram capazes de vender mais e competir diretamente com livros das grandes editoras. Durante boa parte de 2013, não foi incomum ver independentes tomando conta de até metade das listas de Top 10 mais vendidos em grandes livrarias. As grandes editoras notaram. Em 2013, grandes editoras começaram a competir mais agressivamente em preço, principalmente na forma de promoções temporárias. Em 2014, essas promoções vão dar espaço a uma nova onda de preços regulares ou mais baixos. Desconto é uma ladeira escorregadia. Quando os clientes estiverem condicionados a esperar autores famosos por $3,99 ou menos, toda a indústria será forçada a fazer isso.
2. Promoções de preço vão se tornar menos eficientes – se os leitores terão um suprimento maior de livros de alta qualidade de seus autores favoritos a menos de US$ 4, significa que a vantagem de preços dos mais baratos vai diminuir em 2013. Se você comparar nossos resultados de pesquisa de 2013 com nossa pesquisa de 2012, vemos sinais que isso já está acontecendo. Apesar de que nossa pesquisa de 2013 indicou uma vantagem aproximada de 4X em vendas de unidades por $2,99 – $3,99 sobre os livros mais caros do que $7,99, nossa pesquisa de 2012 indicou uma vantagem de 6X. Isso significa que promoções de preço não vão mais funcionar de forma tão efetiva quanto antes. Fatores além de preços vão ganhar mais importância.
3. O crescimento de ebooks diminuiu – Agora chegou a ressaca. Depois de uma década de crescimento exponencial em ebooks com editoras e independentes fazendo a festa, o crescimento está perdendo velocidade. Todos sabíamos que esse dia ia chegar. Ano após anos com crescimento entre 100% e 300% não poderiam continuar para sempre. O risco de mercados com crescimento rápido é que isso pode esconder problemas nos modelos de negócios. Pode fazer com que alguns players interpretem mal seu sucesso, e as suposições sobre as quais eles creditam seu sucesso. Isso pode fazer com que players bem-sucedidos criem falsas correlações entre causa e efeito. Quem são estes players? Estou falando de autores, editoras, livrarias, distribuidores e fornecedores de serviço – todos nós. É fácil ser bem sucedido quando tudo está crescendo. É quando tudo começa a ficar mais lento que seu modelo de negócios começa a ser testado. O mercado está ficando mais lento. Uma comoção cíclica normal está vindo. Em vez de temer esta comoção, os empreendedores deveriam se preparar. Deixe que isso o faça ficar melhor, mais competitivo em 2014. Players que sobrevivem a esses momentos, geralmente, terminam mais fortes.
4. A competição aumenta muito – Com centenas de milhares de novos livros publicados anualmente, e com catálogos de livrarias inchados com milhões de títulos de ebooks, pode não ser surpresa que haverá novos fechamentos em 2014. Mas neste ano, a competição entre autores e editoras vai aumentar em ordem de magnitude, e vai fazer com que alguns desejem continuar em 2013. O campo de disputa dos ebooks, que até recentemente estava bastante a favor dos independentes, agora voltou a se equilibrar um pouco. Mas os independentes ainda possuem várias vantagens competitivas, incluindo mais rapidez para entrar no mercado, maior liberdade criativa, relações mais próximas com leitores e até uma melhor compreensão dos desejos do leitor, taxas maiores de royalties e flexibilidade de preços, de muito baratos até GRÁTIS.
5. Vendas de ebooks, medidas em quantidade de dólares, vai diminuir em 2014 – Arghhh. Eu falei isso. O emergente mercado de ebooks provavelmente vai experimentar sua primeira queda anual em vendas medidas em volume de dólares. Isso será impulsionado pelo declínio nos preços entre as grandes editoras e pela diminuição de velocidade na transição de impressos para telas. Apesar de que os leitores vão continuar migrando de texto para tela, os “early adopters” já adotaram e os atrasados vão mudar mais lentamente. Outro impulsionador da queda é que o crescimento geral de livros anda moribundo há alguns anos. Com os ebooks como uma porcentagem do mercado geral de livros, isso quer dizer que o crescimento dos ebooks vai ficar coagido pelo crescimento e/ou contração da indústria editorial como um todo. As vendas globais em países em desenvolvimento permanecem com bom potencial o que poderia diminuir qualquer contração de vendas.
6. O market share dos ebooks vai aumentar – consumo de ebooks, medido em vendas de unidades e downloads, e medido em palavras lidas digitalmente, vai aumentar em 2014. A diminuição de vendas em toda a indústria, causada pela queda dos preços médios, vai esconder o fato de que mais livros serão lidos como nunca antes. Isso é uma ótima notícia para a cultura do livro e boa notícia para independentes que, apesar da perda de sua anterior vantagem nos preços, ainda estarão bem posicionados para ter bons lucros com os preços baixos, ou competir com os ultrabaixos (menos de US$ 3 e GRÁTIS).
7. Uma onda maior de autores famosos vai migrar para o campo dos independentes – Várias forças de mercado vão conspirar para que autores publicados tradicionalmente deem as costas para as grandes editoras. Estas vão tentar manter suas estruturas baseadas em royalties de 25% sobre os ebooks, o que significa que autores famosos verão seus royalties sofrerem com a queda de preços e com a diminuição da vantagem dos preços baixos nas vendas de unidades, e com a desvantagem dos preços altos aumentando. Ao mesmo tempo, os leitores vão continuar a fazer a transição de impresso para ebooks, fazendo a distribuição de impressos para livrarias físicas menos importantes, e assim enfraquecendo o controle que as grandes editoras têm sobre os autores famosos. Estes, loucos para maximizar seus ganhos, vão sentir um ímpeto maior para migrar para os independentes.
8. Tem tudo a ver com a escrita – É hora de voltar ao básico. Em um mundo onde leitores encaram uma quantidade ilimitada de trabalhos de alta qualidade a baixo custo, os escritores que conseguirem maior sucesso em 2014 serão aqueles que levarem seus leitores a extremos emocionalmente satisfatórios. Livros são aparelhos de entrega de prazer. Não importa se você está publicando um livro de receitas, um romance, um guia de jardinagem, um livro de memórias ou um tratado político. Seu trabalho como editor ou autor é lançar este livro super-fabuloso. Isso envolve uma boa escrita e edição de qualidade profissional. Também quer dizer evitar todos os erros que criam fricção desnecessária e evitam que os leitores descubram, desejem e desfrutem do livro. Entender estes pontos de fricção e como evitá-los, veja minha discussão de Catalisadores Virais no meu ebook gratuito, The Secrets to Ebook Publishing Success, ou em meu vídeo no Youtube sobre as melhores práticas para publicação de ebooks.
9. Todos os autores se tornam independentes – Na idade média editorial (antes de 2008), ou você era publicado tradicionalmente ou não era publicado. Escritores que não conseguiam um acordo de publicação eram vistos como fracassados, porque sem o acesso à máquina de impressão, distribuição e conhecimento professional da editora, era virtualmente impossível chegar aos leitores. Hoje, o fracasso não é uma opção. A próxima geração de escritores pode começar a escrever seu livro hoje com total confiança de que de uma forma ou de outra, será publicado. Inspirado pelo grande sucesso de alguns autores independentes, escritores publicados tradicionalmente agora percebem que possuem alternativas que nunca tiveram antes. Quando um escritor – qualquer escritor – percebe que o poder na indústria editorial foi transferido das editoras para os escritores, abre um novo mundo de possibilidades e escolha. Ser publicado não é mais uma questão “e/ou”. Os melhores escritores terão a opção de publicar de forma independente E tradicional, ou fazer um OU o outro. É escolha deles. As duas opções valem a pena ser consideradas por todos os escritores, e podem ser mutualmente complementares. Mesmo se você for um autor publicado de forma tradicional hoje, você é independente porque decide o destino de seu próximo projeto.
10. Serviços de assinatura de ebooks vão mudar o jogo – Se os serviços de assinatura de ebooks – os mais notáveis são Scribd e Oyster – conseguirem fazer seus modelos de negócios funcionarem, então representarão uma mudança nas regras do jogo em como os leitores valorizam e consomem livros. Para os usuários dos serviços de assinatura de ebooks, ler vai se tornar um recurso abundante que parece ser gratuito. Vai se tornar um serviço da mesma forma que a água e a eletricidade. Quando apertamos o botão para acender a luz, ou quando abrimos a torneira para escovar os dentes, não estamos pensando em quanto nossos próximos 60 segundos daquele serviço vão custar. Pagamos nossa conta mensal e na maior parte usamos este serviço o quanto quisermos. Com os serviços de assinatura de ebooks, o leitor vai pagar US$ 9 ou US$ 10 por mês e desfrutar de, virtualmente, uma leitura ilimitada. Os leitores ficarão aliviados da carga de cognitiva de ter que decidir se um livro vale seu preço. Em vez disso, vão navegar e ler trechos de livros com fricção mínima, como se todo livro fosse gratuito. A atenção do leitor, e a capacidade do livro de ganhar a atenção do leitor, vai se tornar o novo fato na determinação do sucesso do escritor. Mesmo se estes serviços de assinatura não derem certo, eles vão mudar o futuro do mercado editorial ao dar leitores um gosto de leitura-como-serviço sem fricção. É um gosto que os leitores não irão esquecer.
11. Editoras tradicionais vão reavaliar sua postura em relação à autopublicação – A postura vaidosa em relação à autopublicação, como vimos na aquisição da Author Solutions pela Pearson/Penguin (trabalha com a AuthorHouse, iUniverse, BookTango, Trafford, Xlibris, Palibrio, entre outras…), mostrou que pode atrapalhar as marcas de todas as editoras tradicionais. Eu previ isso no ano passado. O modelo de negócio da Author Solutions depende totalmente de ganhar dinheiro vendendo serviços caros a autores sem conhecimento. O modelo de negócios dele é caro no melhor dos casos e antiético no pior. É vender pacotes de publicação de mais de $10.000 para autores que nunca vão recuperar esse dinheiro. O modelo representa a antítese do que os melhores e mais orgulhosos editores sempre representaram. Grandes editoras investem em seus autores. O dinheiro flui do leitor para o livreiro, para o editor, para o autor, não do autor para o editor. Ao mesmo tempo em que a Author Solutions manchou a reputação de todas as editoras tradicionais – mesmo aquelas que não praticam essas coisas – a revolução dos autores independentes continua com força total. Os independentes estão roubando pedaços do mercado. Os independentes aprenderam a publicar como profissionais. Muitos independentes não mandam mais seus livros para agentes e editoras, preferindo publicá-los diretamente para os leitores usando plataformas de publicação e distribuição self-service como Smashwords, KDP, Nook Press, entre outras. As editoras estão perdendo o acesso ao fluxo de ofertas que é sua força vital. Conversei sobre as implicações disso em minha última discussão sobre as previsões do ano passado aqui no Huffington Post. Se as editoras não tiverem um serviço eficiente para oferecer aos autores independentes, elas correm o risco de se encontrarem do lado errado da história quando os autores seguem em frente sem elas. O estigma antes associado com a autopublicação está desaparecendo enquanto que o estigma das publicações tradicionais cresce. Como as editoras podem acabar com as fugas e recapturar o relacionamento com os autores? A resposta virá quando as editoras reavaliarem sua atitude em relação aos autores. Elas devem reconhecer que publicar é um serviço, que elas servem ao prazer dos autores e devem oferecer um espectro de serviços – de self-service a full-service – para ir ao encontro das necessidades de todos os autores. Agora que os autores têm escolhas, o jogo de publicação não pode mais ser: “O que o autor pode fazer pela editora?” Autores não precisam mais abaixar a cabeça subservientes às editoras, então os modelos de negócios baseados nesta velha prática e atitude serão rejeitados. O novo mantra da editora deve ser, “O que a editora pode fazer pelo autor que o autor não pode ou não vai fazer sozinho?” As editoras devem abandonar a cultura do NÃO porque autores não têm mais a paciência ou a tolerância para ouvir isso. Os autores sabem que têm escolhas e ganharam o gosto de autopublicar. Como as editoras podem dizer SIM a todo autor e ainda ter lucro? A resposta: elas precisam construir, adquirir ou fazer parcerias com plataformas de publicação self-service. Um plataforma self-service permitiria que elas dissessem SIM a todo autor – correr riscos com todos os autores – e formar um relacionamento com cada um deles. Ao operar uma plataforma de publicação gratuita, as editoras teriam a capacidade de servir às diversas necessidades de todos os autores. Autores DIY selecionariam a opção self-service. Eles seriam responsáveis por sua própria edição, capa e marketing. Autores com comprovado potencial comercial que não querem se incomodar com as responsabilidades de serem os próprios editores poderiam optar por um caminho no meio do espectro entre DIY e full-service onde eles estariam dispostos a trocar royalties menores por investimentos e serviços maiores da editora. Tal espectro geral em relação à edição, onde autores não pagam nada, está 100% alinhado com os interesses dos autores, e 100% alinhado com as melhores práticas das melhores editoras. Uma boa plataforma self-service não emprega pessoas de vendas. Não recebe dinheiro dos autores. Então a pergunta é, as editoras podem introduzir suas próprias plataformas self-service para ampliar suas ofertas de serviço? O tempo está passando.
12. Plataforma para o autor é o melhor – Se você é autor, sua plataforma é sua capacidade de chegar aos leitores. Autores que conseguirem construir, manter e alavancar suas plataformas terão uma vantagem competitiva importante sobre aqueles que não conseguirem. Pense na plataforma do autor como uma infraestrutura em multicamadas que permitirá chegar a fãs novos e existentes. Elementos dessa infraestrutura incluem seus seguidores de mídia social no Twitter, Facebook e RSS de seu blog. Inclui ter uma distribuição de cabeça aberta (mais livrarias é melhor do que menos), sua presença ininterrupta em cada livraria para todo livro e as resenhas nestas livrarias online. Isso inclui o número de leitores que o colocaram entre os “favoritos” no Smashwords ou que acrescentaram seus livros na lista deles no Goodreads. Isso inclui assinantes em sua lista de e-mails privados. Inclui sua celebridade e sua capacidade de alavancar a mídia social ou a tradicional ou o amor a seus fãs para espalhar sua mensagem. Há dois fatores principais que impulsionam as vendas de qualquer produto ou marca. A primeira é consciência. Se o consumidor não está consciente de seu produto ou marca, então ele não poderá comprá-lo. Autores devem colocar seu produto na frente de um consumidor e ganhar a atenção deles antes que o consumidor possa considerar a compra. A segunda é desejo. Quando um consumidor é consciente de seu produto ou marca, ele deve desejá-lo. O autor é a marca. Seu trabalho como autor é construir consciência de sua marca e construir, ganhar e merecer desejo positivo sobre sua marca. Consciência mais desejo cria demanda por seu produto. É por isso que a plataforma vai se tornar mais importante do que nunca em 2014. Sua plataforma ajuda a divulgar a mensagem para os fãs existentes que já conhecem e desejam sua marca, e ajuda a chegar a novos fãs que vão querer juntar as carroças deles a seu cavalo. Quanto maior a sua plataforma, mais fácil é aumentar sua plataforma, porque plataformas bem mantidas crescem organicamente.
13. Colaborações entre vários autores vão se tornar mais comuns – Em 2013, observei um aumento marcado no número de colaborações entre vários autores. Autores vão colaborar com seus companheiros no mesmo gênero ou categoria em compilações de conteúdo existente e original. Estas colaborações geralmente têm preços competitivos e oferecem aos leitores a oportunidade para descobrir vários novos autores do mesmo gênero ou categoria em um único livro. As colaborações também permitem que múltiplos autores amplifiquem os esforços de marketing um do outro ao alavancar a plataforma um do outro.
14. A produção ganha mais importância em 2014 – Um dos segredos mais importantes para o sucesso da publicação de ebooks é escrever mais livros. Como escritor, sua escrita é sua criação única. É seu produto. Autores que escrevem grandes livros (e produzem mais deles) são os autores que constroem vendas e plataformas mais rapidamente, porque cada novo livro representa uma oportunidade para agradar os fãs existentes e conseguir alguns novos. Organize sua agenda para passar mais tempo escrevendo e menos tempo no resto.
Se, ao escrever uma crônica, um poema, um livro ou algo do gênero, você recebeu apenas comentários positivos de um público em geral – não apenas de conhecidos -, sem ao menos uma crítica, mesmo que de cunho construtivo, então saiba que tem algo errado: alguém mentiu ou se omitiu. E, caso tenha recebido, não se preocupe, pois não está sozinho. Grandes escritores também estão fadados a receber grandes críticas. E grandes críticos, consequentemente, a ser criticados por sua vez. O problema é quando, além de críticos, são também colegas de profissão. Confira na lista abaixo alguns de nossos escritores favoritos comentando a respeito uns dos outros de uma maneira que poucos iriam imaginar, e veja se algum deles pensa como você:
Evelyn Waugh sobre Marcel Proust:
“Estou lendo Proust pela primeira vez. É uma coisa muito pobre. Eu acho que ele tinha algum problema mental.”
Virginia Woolf sobre James Joyce:
Virginia declara após ler um dos romances mais conhecidos do irlandês: “Ulisses é o trabalho de um estudante universitário enjoado coçando as suas espinhas.”.
Oscar Wilde sobre Alexander Pope:
“Existem duas formas de se odiar poesia: uma delas é não gostar, a outra é ler Pope.”
William Faulkner e Ernest Hemingway:
O autor de O Som e a Fúria declarou o seguinte: “Hemingway nunca foi conhecido por usar uma palavra que faça o leitor consultar um dicionário”
Ao passo que, quando questionado sobre isso, Ernest diz: “Pobre Faulkner, realmente acredita que grandes emoções vêm de grandes palavras?”.
Fico na dúvida entre Mark Twain ou Vladimir Nabokov para considerar como o Ingmar Bergman da literatura, no que se refere aos inúmeros disparates realizados aos inúmeros colegas de profissão. Veja alguns casos de ambos e tire suas próprias conclusões:
Vladimir Nabokov sobre Joseph Conrad:
O autor de Lolita declara: “Eu não consigo tolerar o estilo loja de presentes de Conrad e os navios engarrafados e colares de concha de seus clichês românticos.”.
Vladimir Nabokov sobre Sigmund Freud:
Quando questionado sobre o porquê de tanto odiar o pai da psicanálise, em uma entrevista concedida para o canal de televisão americano National Educational Television, o russo declarou o seguinte: ” Eu acho que ele é grosseiro, eu acho que ele é medieval, e não quero um senhor idoso de Viena com um guarda chuva impondo seus sonhos pra cima de mim. Eu não tenho os sonhos que ele discute nos livros. Eu não vejo guarda-chuvas em meus sonhos. Ou balões.”.
Vladimir Nabokov sobre Fiódor Dostoievski:
A falta de bom gosto de Dostoievski, seus negócios monótonos com pessoas sofrendo de complexos pré-Freudianos, o jeito que se chafurda nas trágicas desventuras da dignidade humana – tudo isso é difícil de admirar
Mark Twain sobre Jane Austen:
Twain, após explicar que não se acha no direito de criticar uma obra, a não ser que a odeie, cita Austen e declara: “Cada vez que leio Orgulho e Preconceito tenho vontade de desenterrá-la e golpeá-la no crânio com sua própria tíbia”.
Mark Twain sobre James Fenimore Cooper:
“A arte de Cooper tem alguns defeitos. Primeiramente, em “Deerslayer”, em um espaço restrito de 2/3 de página, Cooper conseguiu realizar 114 ofensas contra a arte literária, além de uma possível 115ª. Isso bate o recorde.”.
Charles Baudelaire sobre Voltaire:
“Eu cresci entediado na França. E o maior motivo para isso é que todo mundo aqui me lembra o Voltaire… o rei dos idiotas, o príncipe da superficialidade, o antiartista, o porta-voz das serventes, o papai Gigone dos editores da revista Siecle.”
Truman Capote sobre Jack Kerouac:
Truman declara, após ler Na Estrada – obra também conhecida como a “Bíblia Hippie” – o seguinte: “Isso não é escrever. Isso é só datilografar.”.
George Moore sobre Gustave Flaubert:
Sobre o autor de Madame Bovary, o novelista afirma: “Flaubert me entedia. Quantas coisas sem noção falam sobre ele!”.
Henry James sobre Edgar Allan Poe:
“Entusiasmar-se em relação a Poe é decididamente um sinal de estágio primitivo de reflexão.”
Ao que nosso querido Poe com certeza responderia: “Tenho muita esperança em tolos – autoconfiança é o que meus amigos diriam.”.
Bibliotecas e livrarias são lugares quase sagrados para os viciados em literatura. Imagine, agora, visitar uma livraria localizada no que antes era uma gigante Catedral?
A catedral de Broerenkerk, na Holanda, foi transformada em uma moderna livraria. O espaço pertencia a um mosteiro dominicano que a ocupou de 1465 a 1580 e, mais tarde, a igreja foi utilizada para ocupações protestantes. De 1938, após reparos, o local começou a receber eventos culturais que se estenderam até 1982.
Agora, em 2013, o edifício gótico recebeu várias modificações e tornou-se uma bela loja de livros. Arquitetos alteraram o local, com a promessa de que não mexeriam em alguns elementos originais, como vitrais, harpas e decorações.
Como a estrutura do edifício é muito estreita, os designers tiveram que criar soluções criativas para maximar o espaço. Foram colocadas estruturas temporárias e independentes nas zonas laterais da igreja, para os espaços comerciais, que poderão ser removidas e a igreja poderá retornar ao original.
A loja, que se chama “Waanders in de Broeren”, abriu no inicio do verão, e já recebeu dezenas de milhares de visitantes, compradores e amantes de livros.
Confira abaixo algumas imagens do santuário literário:
Muitos argumentam que é preciso ter uma personalidade muito distinta para fazer uma reflexão rigorosa de temas como: O que é real? Qual é a natureza do homem? O que é bom? É por isso que os filósofos são muitas vezes vistos como um grupo eclético.
Mas há uma outra razão para essa avaliação: um bom número de filósofos realmente tem um comportamento estranho. Confira algumas das mais bizarras obsessões de pensadores famosos, que provavelmente emprestaram credibilidade ao estereótipo:
10. René Descartes e sua paixão por mulheres vesgas
Pai da Filosofia Moderna, René Descartes (1596-1650) manteve uma estreita amizade com mulheres poderosas e ricas, como a rainha Cristina da Suécia e a exilada princesa Elizabeth da Inglaterra. As mulheres de sua vida pessoal eram uma história diferente. Descartes nunca se casou e só teve uma filha ilegítima, com uma das suas serventes.
Até a idade adulta, a maior paixão de Descartes foi reservada para mulheres vesgas. Em uma carta à rainha Cristina, Descartes explica que refletiu sobre sua atração única por vesgas, percebendo que resultou de uma queda que ele teve por uma menina vesga em sua juventude. Na carta, ele conta que amou uma menina da sua idade que era ligeiramente estrábica, e acreditava que a impressão causada no seu cérebro quando olhou para seus olhos vagantes foi tão forte que o fez ser mais inclinado a amar mulheres vesgas simplesmente porque elas tinham esse defeito, muito tempo depois de sua paixão mudar. O filósofo concluiu que essa paixão inicial havia deixado uma marca em seu cérebro e, portanto, não era uma atração fundamentada. Pelo contrário, era seu subconsciente criando esses sentimentos. Fiel à forma filosófica, Descartes usou seu livre arbítrio para se livrar da atração irracional.
9. Albert Camus e o medo irracional da morte jovem
O filósofo Albert Camus (1913-1960) cresceu em uma família pobre, sem água corrente ou eletricidade. Sua avó usava um chicote para manter todos em linha. Mesmo com este começo difícil, Camus conseguiu ganhar uma bolsa de estudos que lhe permitiu frequentar o ensino médio. Na idade de 17, ele sobreviveu por pouco a um ataque de tuberculose e foi obrigado a tirar um ano da escola para se recuperar. Mais uma vez, Camus perseverou, voltou a estudar e tornou-se um autor publicado mesmo antes de entrar na Universidade de Algiers (Argélia). Apesar de sua capacidade de sobreviver e seus primeiros sucessos na vida, Camus era obcecado com a ideia de que morreria cedo.
Ele disse uma vez a uma namorada que “sentia o mal flutuando no ar”. Para Camus, este medo criou uma obsessão com a morte em geral. O filósofo, que carregava uma carta de suicídio escrita por um amigo de Leon Trotsky no bolso, era cheio de pessimismo e alimentado por temor. Por isso, estava determinado a completar seus escritos antes de morrer. Até ganhar o Prêmio Nobel foi considerado um mau presságio por ele, que acreditava que o prêmio era um selo sobre o fim da carreira de uma pessoa. A pressão que sentia para completar a sua obra-prima se intensificou e continuou a persegui-lo até a sua morte, quando seus medos se tornaram realidade. Em 4 de janeiro de 1960, Camus morreu em um acidente de carro na idade relativamente jovem de 46.
8. Immanuel Kant e sua rotina rígida
Immanuel Kant (1724-1804) é frequentemente lembrado por sua hipocondria, mas ele tinha uma obsessão ainda mais intensa – com a sua rotina diária. Em 1783, logo após a compra de uma casa, Kant decidiu que era necessário estruturar sua programação diária. Assim começou a rígida rotina que Kant seguiu até a sua morte, em 1804.
Cronometrado precisamente, ele despertava um pouco antes das 5:00, bebia uma xícara de chá e fumava exatamente um cachimbo. Então, trabalhava em suas palestras e escritos até aquelas começarem, às 7:00. Depois que suas palestras terminavam, às 11:00, Kant trabalhava em seus escritos novamente até 13:00, hora do almoço. Após o almoço, chovesse ou fizesse sol, Kant fazia sua lendária caminhada de uma hora no centro de Konigsberg. A caminhada era tão consistente que é dito que seus vizinhos podiam arrumar os seus relógios através dela. O caminho que Kant percorria mais tarde foi nomeado de “Philosophengang” (em português, algo como “a caminhada do filósofo”). Depois disso, Kant às vezes socializava com um amigo ou dois, e então ia para casa para trabalhar e ler até as 22:00, momento em que ia para a cama.
7. Søren Kierkegaard e uma maldição familiar
Antes de Kierkegaard (1813-1855) atingir a idade de 25 anos, cinco de seus irmãos e ambos os pais tinham morrido. Apenas alguns anos antes, o seu avô tinha confessado a seu pai que ele estava destinado a assistir a todos os seus filhos, incluindo Kierkegaard, a morrer antes dele, porque tinha trazido a ira de Deus sobre a família quando amaldiçoou o mesmo ainda menino.
Kierkegaard aceitou totalmente a conclusão de seu pai sobre sua má sorte e aceitou a ideia de que enfrentaria uma morte precoce. Embora seu pai tenha morrido primeiro, em 1838, Kierkegaard ainda acreditava que estava amaldiçoado e que Deus iria tirar sua vida em uma idade precoce. Este conhecimento fez dele um escritor prolífico, em uma tentativa de dizer tudo antes de seu inevitável fim. Como Camus, os medos de Kierkegaard tornaram-se realidade quando ele morreu em 1855, com apenas 42 anos de idade.
6. Karl Marx e uma vida de caos
Karl Marx (1818-1883) foi o coautor da obra seminal O Manifesto Comunista. Embora seja considerado um dos teóricos mais influentes do século 20, sua vida pessoal era cheia de caos e desordem. Parcialmente por causa de sua terrível situação financeira, que resultou em grande parte da expulsão de sua família da França por causa de seus escritos políticos, e parcialmente por causa de sua personalidade, Marx trabalhava intensamente, mas apenas em rajadas de produtividade que eram muitas vezes seguidas por crises de exaustão, doenças e prazos não cumpridos.
Marx muitas vezes iniciava um trabalho apenas para largá-lo na metade quando queria começar outra coisa. O caos interior do filósofo, no entanto, é melhor exemplificado pela maneira compulsiva com que ele gerava ideias para suas obras filosóficas. Marx colocava uma ideia no papel e, em seguida, se levantava e começava a caminhar ao redor de sua mesa freneticamente. Quando outra ideia eventualmente o atingia, ele se sentava rapidamente, a escrevia, e então começava o processo novamente. Não é de se admirar que Marx costumava entrar em colapso por exaustão.
5. Friedrich Nietzsche e sua obsessão por frutas
Na tenra idade de 24, Friedrich Nietzsche (1844-1900) foi nomeado chefe de Filologia Clássica na Universidade de Basel. O filósofo respeitado e produtivo, apesar de todos os seus sucessos, era atormentado por uma grande lista de problemas médicos. A fim de aliviar o sofrimento de dores de cabeça crônicas, vômitos persistentes e um distúrbio digestivo doloroso, Nietzsche tentou diversos medicamentos, bem como uma variedade de dietas.
Ironicamente, é muito provável que a obsessão de Nietzsche por frutas tenha sido responsável por piorar o seu desconforto digestivo. De acordo com a gerente do hotel Alpine Rose, onde Nietzsche ficou por um tempo prolongado em 1884, a ingestão diária de alimentos do pensador consistentemente incluía um bife no café da manhã e frutas pelo resto do dia. Não só Nietzsche comprava frutas da pousada e de fornecedores italianos locais, como recebia cestas enviadas por seus amigos também. Em mais de uma ocasião, Nietzsche comeu quase três quilos de frutas em um único dia.
4. Voltaire e sua mania de café
Como um dos mais famosos filósofos do Iluminismo, Voltaire (1694-1778) é exaltado por sua sagacidade e sátira. É possível, porém, que ele não teria sido tão espirituoso ou satírico sem a enorme quantidade de café que ingeria diariamente. Fosse em casa ou com os amigos no Café de Procope em Paris, Voltaire bebia 20 a 40 xícaras de café todos os dias. Ele gostava tanto da bebida que voluntariamente ignorou o conselho de seu médico, Theodore Tronchin, para abandonar o vício. Até regularmente pagava taxas exorbitantes para tomar cafés de luxo importados.
Deve-se notar que uma citação muitas vezes atribuída a Voltaire não é dele. Provavelmente, foi Bernard Le Bovier de Fontenelle quem disse que “Eu acho que [o café] deve ser [um veneno lento], porque eu tenho o tomado por 85 anos e não estou morto ainda”. Esta é a citação correta, que às vezes aparece com a idade mudada (65 anos), referindo-se erroneamente a Voltaire, que morreu com 84 anos, enquanto Fontenelle viveu até quase os 100.
3. Friedrich Hegel e a camisola por cima da roupa
Exceto pela morte de sua mãe, quando tinha 13 anos, Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831), que se tornaria um dos proponentes do idealismo alemão, teve uma infância tranquila e cheia de literatura. Antes dos 45, Hegel tinha um casamento bem-sucedido, uma família e um bom trabalho como editor de uma revista literária muito renomada. Mas até mesmo os filósofos mais aparentemente normais tinham peculiaridades interessantes. Para Hegel, era sua camisola e boina preta.
Enquanto trabalhava em casa, Hegel consistentemente usava sua camisola sobre suas roupas de dia, e vestia uma boina preta enorme na cabeça. Em um incidente, quando o amigo de Hegel Eduard Gans apareceu sem avisar, encontrou o filósofo vestido dessa maneira junto a uma montanha de papéis desorganizados. Esse fato lhe deu alguma notoriedade quando um litógrafo, Julius L. Sebbers, retratou Hegel em sua mesa de trabalho vestindo a camisola e a boina preta. O alemão não gostava da imagem, e sua esposa dizia que era porque se assemelhava a ele um pouco demais.
2. Jean-Paul Sartre e um medo de criaturas do mar
Jean-Paul Sartre (1905-1980) foi um escritor prolífico e ativista político que, durante o curso de sua vida, defendeu figuras notáveis como Karl Marx, Fidel Castro e Che Guevara. Como Camus, Sartre ganhou o Prêmio Nobel e não ficou nada satisfeito com isso. O francês recusou o prêmio juntamente com seu dinheiro, em um ato profundamente filosófico: segundo ele, instituições feitas pelo homem como o Nobel só pioram as condições dos homens, os quais são “condenados a ser livres”.
Apesar de toda a sua confiança intelectual, porém, Sartre tinha uma fraqueza: crustáceos. Quando criança, ele ficou marcado por uma pintura de uma garra que saía do mar e tentava agarrar uma pessoa. Depois disso, o filósofo ficou com um medo obsessivo de crustáceos e outras criaturas do mar. Seu medo era tão intenso que ele teve um ataque de pânico depois de entrar no mar com o seu amor de longa data, Simone de Beauvoir. Ele acreditava que um polvo gigante subiria da profundidade escura da água e o arrastaria para sua morte. Em outra ocasião, depois de consumir uma droga que alterou sua mente, Sartre teve visões de lagostas o seguindo para onde quer que fosse.
1. Arthur Schopenhauer e seus poodles
Mesmo que a família de Arthur Schopenhauer (1788-1860) tivesse boa condição financeira, falta de moradia tornou-se o tema de sua vida. Um vagabundo intelectual, Schopenhauer tinha a perspectiva de que não pertencia a nenhum lugar e nenhuma pessoa. Mesmo sua terra natal, Danzig, na Alemanha, não significava nada para ele, uma vez que sua família teve de abandonar rapidamente a sua casa quando a Prússia anexou o município. Schopenhauer tinha apenas cinco anos de idade na época.
Nenhuma cidade depois conseguiu capturar a lealdade do filósofo. Da mesma forma, após a perda de seu pai conforme ele entrava na idade adulta, Schopenhauer não conseguir ter muita afeição por outras pessoas, incluindo sua própria mãe. Expressões desta desconexão da humanidade podem ser vistas em sua filosofia pessimista, mas isso também o levou a preencher sua necessidade de companheirismo com poodles de estimação. De seus tempos de escola até a sua morte, Schopenhauer manteve um fluxo de poodles que tinham o mesmo nome, Atma, e o mesmo apelido, Butz. A singularidade de chamar todos os seus poodles com o mesmo nome foi concebida como um elogio, porque a palavra em sânscrito “Atma” é um conceito hindu desenvolvido no Bhagavad Gita que significa “eu interior” ou “alma transcendente”. Para Schopenhauer, cada um de seus animais de estimação, ao invés de ser um bicho com sua própria personalidade, expressava a realidade mais alta e mais fundamental de um “poodle”. [Listverse]